sexta-feira, 30 de maio de 2014

Diário de Um Adolescente

   
     
     Bem que eu tinha desconfiado! Os vacilões dos amigos do meu pai contaram a ele! Grande foi a confusão quando cheguei em casa. Meu pai ele não falava , gritava. Minha mãe só chorava. Me chamaram de maconheiro, drogado, disseram que não criaram filho pra ser ladrão!!!!! De onde eles tiraram isso??? De onde??? Cara, só porque eu estava no ensaio do Street Vai?! Eles não conhecem os caras! Drogas não tem na haver!!! Tentei explicar, mas... Eles não quiseram saber de nada, mal deixaram eu falar... Me proibiram sair de casa durante tempo indeterminado. Ainda me tiraram a internet e o celular! Eu tive tipo, um surto! Fui pro quarto gritando, bati a porta e comecei a jogar tudo! Quebrei mesmo! Gritava enquanto quebrava... talvez aquilo me aliviasse! Quando cansei, decidi escrever... E aqui estou. Está um silencio anormal aqui 
em casa agora. Coisa estranha! Peraí... Alguém está batendo... 


Diário de Renata 
      Velho, não acredito que fizeram isso com o Felipe! Quem eles pensam que são?! Internar ele assim, sem mais nem menos, como se ele fosse louco! Que raiva!!! Assim que soube, fui visitá-lo. Fiquei, tipo, muito chocada... o Felipe estava estranho. Nem reclamou comigo quando o chamei de “pequeno garfanhoto”! Cadê meu amigo?!!! O que fizeram com ele! Eu fiquei irada. E sai sem dá nenhuma palavra sequer com os pais dele. Odeio eles agora. Eles não sabem o filho que tem. O Felipe é o melhor garoto que já conheci, o coração dele é do tamanho do mundo e ele sempre se preocupa com todos... Eu precisei fazer algo. Mesmo com nojo daqueles dois, fui à casa do Felipe com minha mãe, que é psicóloga. Queria que ela explicasse a eles que aquilo não era o certo a fazer. E que um terapeuta familiar era uma boa. Para minha surpresa, eles não apresentaram resistência. Talvez perceberam que o Felipe está sofrendo e aquilo faz mal a ele. Para que remédio? Ele não está doente. Hoje foram buscar o Felipe. Espero 
que dê tudo certo! 
PS. Gosto do “pequeno garfanhoto” daquele jeito. Mas, ele não me vê. 

A Psicologia senta no Trono de Ferro

     
        O autor George R. R. Martin, escreveu o livro ( primeiro da trilogia “As Crônicas de Gelo e Fogo ), que deu origem a adaptação cinematográfica de mesmo nome, a série “ A Guerra dos Tronos”. Que tem alcançado um sucesso estrondoso em vários países, inclusive no Brasil. Eu mesma, sou vítima dessa “febre”! 
        Aos que nunca leram o livro ou acompanharam a série, eis o enredo: 

        “A Guerra dos Tronos segue três linhas de história, simultaneamente:
     Lorde Eddard Stark é patriarca da Casa Stark, uma das grandes casas nobres dos Sete Reinos deWesteros, e o Guardião do Norte. O Rei Robert Baratheon, amigo de infância de Eddard, viaja até Winterfell com sua família e corte para oferecer a Eddard o cargo de Mão do Rei, o principal conselheiro e comandante militar no Reino, devido a morte da Mão anterior, Lorde Jon Arryn. A esposa de Eddard, Catelyn Stark, recebe uma carta de sua irmã, Lysa Arryn, dizendo que a morte de Jon Arryn foi um assassinato arquitetado pela Rainha Cersei e por sua poderosa família, os Lannister. Relutante em deixar suas obrigações e família, Eddard é convencido por sua esposa a aceitar o cargo para investigar a morte de Arryn (na verdade a esposa tenta convencê-lo a NÃO aceitar o cargo). O filho do meio de Eddard, Bran Stark, acidentalmente vê a Rainha Cersei e seu irmão, Jaime Lannister, fazendo sexo. Para proteger a relação, Jaime empurra o menino da janela. Bran inesperadamente sobrevive e eventualmente acorda do coma paralisado da cintura para baixo, sem se lembrar de como caiu. Lorde Eddard viaja com a corte real para o sul em direção a Porto Real, a capital, levando suas filhas Sansa e Arya. A jovem de treze anos       Sansa se esforça para se tornar uma dama, já que ela foi prometida ao filho mais velho do Rei Robert, Joffrey, herdeiro do trono. Catelyn estraga uma tentativa de assassinato contra Bran, ainda no coma, revelando que sua queda não foi um acidente. Ela viaja secretamente para Porto Real para avisar seu marido e para lhe mostrar a distinta adaga usada pelo assassino. Uma vez lá, seu admirador de infância Petyr Baelish, conhecido como Mindinho, identifica a adaga como pertencendo ao irmão da Rainha Cersei, Tyrion Lannister, conhecido como "O Duende" devido ao seu nanismo. No caminho de casa ela encontra Tyrion em uma estalagem e ordena que ele seja preso e levado ao Ninho da Águia, onde sua irmã Lysa o põe sob julgamento e está ansiosa para matá-lo. Tyrion exige um julgamento por combate e ganha sua liberdade quando seu improvável campeão, o mercenário Bronn, vence o duelo. Em Porto Real, Eddard está focado em dever e justiça, e imediatamente começa a investigar a morte da Mão anterior. O Rei Robert está apenas interessado em bebidas e distrações, e realiza um torneio em honra de sua nova Mão. As pesquisas e investigações de Eddard o levam para o segredo que levou Jon Arryn a ser morto: os três filhos de Robert e Cersei foram gerados por Jaime Lannister. Eddard misericordiosamente oferece a Cersei a chance de fugir, porém ela recusa. Antes de poder ser informado, o Rei Robert é ferido fatalmente ao caçar um javali, no que parece ser um acidente exacerbado pela bebida. Rei Robert, moribundo no seu leito, pede para Ned Stark escrever seu testamento, dando a ele o direito de ser o rei regente até seu primogênito Joffrey - que Eddard altera para "o verdadeiro herdeiro" - ter idade para governar. O irmão mais novo de Robert, Renly, sugere que Eddard deveria usar seus guardas combinados para prender Cersei e seus filhos e tomar o controle do Trono de Ferro antes que os Lannister possam agir. Eddard se recusa dizendo que isso seria desonroso. Ele recruta Mindinho para ter os guardas da cidade ao seu lado, e mostra para Cersei a carta que Robert o entregou, porém Mindinho trai Eddard subornando o capitão da guarda para Cersei, que aprisiona Eddard, acusando-o de farsa e traição. Os guardas Lannister matam toda a comitiva de Eddard.       Sansa é feita  prisioneira, porém Arya consegue escapar do castelo com a ajuda de seu instrutor de  esgrima. Joffrey é coroado Rei e executa Eddard. Sansa é obrigada a assistir a  decapitação de seu pai e Arya secretamente, testemunha tudo da multidão. Antes dela poder agir precipitadamente, é levada para fora da cidade por Yoren, um membro da  Patrulha da Noite. Uma guerra civil, posteriormente chamada de a Guerra dos Cinco Reis, irrompe. Lorde Tywin Lannister leva a guerra às casas Stark e Tully e seus  vassalos. Robb Stark, filho mais velho de Eddard, lidera um exército de nortenhos para as Terras do Rio para ajudar seu avô materno, Lorde Hoster Tully, e para também buscar vingança pela morte do pai. Jaime Lannister lidera um cerco a Correrrio, enquanto Lorde Tywin lidera um grande exército ao sul do rio Tridente para impedir que Robb avance até Porto Real. Em uma manobra ousada, Robb secretamente envia sua cavalaria para Correrrio, enquanto parte de sua infantaria vai em direção de Lorde Tywin. Tywin, com a ajuda do recém libertado Tyrion, derrota os homens de  Stark, porém descobre tarde demais que eles eram apenas um chamariz. Com a manobra, as forças de Robb Stark surpreendem e destroem as tropas de Lannister, acampadas ao redor de Correrrio, capturando Jaime no processo. Renly Baratheon proclama a ilegitimidade de Joffrey e se declara Rei de Westeros, se tornando o segundo dos cinco reis da guerra. Robb Stark se torna o terceiro quando seus vassalos o proclamam Rei do Norte. 

Na Muralha 
      A fronteira do norte dos Sete Reinos é fortificada pela Muralha, uma antiga barreira de gelo de mais de 210 m de altura e 480 km de extensão, populada pela irmandade da Patrulha da Noite. Nas "terras sem lei" ao norte da Muralha, um pequeno grupo de Patrulheiros da Patrulha da Noite encontra os lendários Outros das antigas lendas, sendo todos mortos com a exceção de um. Levado a loucura, o sobrevivente foge para o sul da Muralha, onde é capturado e executado em Winterfell como um desertor, pelas mão de Eddard Stark. Jon Snow, filho bastardo de Lorde Eddard Stark, sente cada vez mais algo desagradável sobre seu futuro na Casa Stark. 
    Encorajado por seu tio Benjen Stark, o Primeiro Patrulheiro da Patrulha da Noite, Jon decide se juntar a irmandade permanentemente. Na Muralha, Jon inicialmente sente desprezo pelos outros recrutas, a maioria criminosos de baixo nascimento que escolheram o exílio na Muralha para não serem executados ou deixados como prisioneiros. Eventualmente ele deixa de lado seus preconceitos, une os recrutas contra seu sádico instrutor e protege o covarde, porém de boa índole, Samwell Tarly. Jon espera que suas habilidades superiores em combate o levem ao posto de Patrulheiro, o braço armado da irmandade. Para sua decepção, ele é designado como intendente do Lorde Comandante da Patrulha, Jeor Mormont, porém percebe que esse posto o está preparando para o comando. Ele faz com que seu amigo Samwell seja feito intendente do idoso Mestre Aemon, um trabalho adequado para a educação superior de Samwell e sua falta de capacidade atlética. Benjen Stark lidera um pequeno grupo de Patrulheiros  em uma ronda para além da Muralha, falhando em retornar. Quase seis meses depois, os corpos mortos de dois homens do grupo de Benjen são encontrados, com seus corpos sendo reanimados como zumbis a noite. Implacáveis contra feridas de espadas, eles conseguem matar seis homens. Um dos zumbis é cortado em vários pedaços por uma dúzia de irmãos, enquanto Jon sozinho salva o Lorde Comandante Mormont ao destruir o segundo com fogo. Por salvar sua vida, Mormont dá de presente à Jon sua espada de aço valiriano, "Garralonga", uma relíquia de família da Casa do Lorde Comandante. 
     Quando as notícias da execução de seu pai chegam, Jon tenta desertar da Patrulha da Noite, um crime capital, procurando ajudar seu irmão Robb na guerra contra os Lannister. Seus amigos na irmandade o pegam e o convencem a retornar antes de sua deserção ser notada. Ao voltar, o Comandante declara saber perfeitamente bem que ele fugiu, mas demonstra seu contentamento por seu retorno, tendo então uma conversa franca com Jon, na qual faze-o perceber que os eventos misteriosos ocorrendo além da muralha são muito mais importantes que os aquém, como a guerra pelo Trono de Ferro. Por fim lhe avisa que iriam em breve marchar para além da Muralha, para descobrir o que aconteceu com Benjen Stark, e enfrentando seja lá o que estiver além da muralha. Jon por fim se dá conta que agora sua família é a Patrulha da Noite. 

No Leste 
      Além do Mar Estreiro na Cidade Livre de Pentos, Viserys Targaryen vive em exílio com sua irmã de treze anos, Daenerys. Ele é filho, e o único herdeiro homem, do Rei Aerys II, cujo trono foi usurpado por Robert Baratheon. Viserys vende Daenerys em casamento para Khal Drogo, senhor de guerra dos guerreiros nômades dothraki, planejando usar o exército do mesmo para reconquistar o Trono de Ferro de Westeros. Entre os presentes de casamento estão três ovos petrificados de dragão, artefatos raros considerados muito valiosos porém inúteis, já que os dragões foram extintos há séculos. Um cavaleiro exilado de Westeros, Sor Jorah Mormont, se junta a Viserys como conselheiro. Inesperadamente, Daenerys encontra confiança e amor em seu bárbaro marido, que lhe engravida. É profetizado que seu filho vira ao mundo para unir e governar os dothraki. Drogo mostra pouco interesse em conquistar Westeros, provocando Viserys que passa a desprezar cada vez mais sua irmã. Inicialmente, Drogo suporta o herdeiro Targaryen e o pune com humilhações públicas. Porém quando Viserys publicamente ameaça Daenerys, Drogo o mata derramando ouro derretido em sua cabeça, simbolicamente dando a ele a "coroa" tão desejada. Como a última Targaryen, Daenerys assume a demanda do irmão para reconquistar o trono de 
Westeros. Um assassino buscando favor do Rei Robert, tenta, sem sucesso, envenenar Daenerys e assim matar seu filho ainda não nascido. Enfurecido, Drogo concorda em invadir Westeros procurando vingança. Enquanto saqueava aldeias para financiar a invasão, Drogo é ferido. A ferida infecciona, e Daenerys manda uma bruxa capturada fazer uma magia de sangue para salvá-lo, uma vez que ela havia feito o curativo no 
senhor dothraki. Entretanto, a traiçoeira prisioneira sacrifica o filho não nascido de Daenerys para dar poder ao feitiço, que mantém Drogo vivo em estado vegetativo. 
     Enquanto a horda dothraki sem líder debanda, Daenerys tem pena de seu outrora orgulhoso marido e sufoca-o. Ávida por vingança, ela ordena que a bruxa seja amarrada a pilha funerária de Drogo, e coloca seus três ovos de dragão na pilha com o marido. Daenerys acredita ser a última a possuir o sangue dos dragões correndo em suas veias, e decide entrar na fogueira que queima seu marido. Ao invés de perecer nas chamas, Daenerys emerge ilesa e com três recém-chocados dragões ao redor dela. Abismados, os poucos dothraki restantes e Sor Jorah juram lealdade à ela. Daenerys fica determinada a reunir um exército e reconquistar o Trono de Ferro.”


       Se formos a Westeros de nossa mente... 
       Uma pergunta emerge: 
      E no Trono de Ferro da nossa vida psíquica, quem está sentado? Na série, os reinos guerreiam entre si, para que um líder de seu povo seja o Rei dos Sete Reinos. Será que em nós não há disputa tão dramática quanto essa? Se pararmos para pensar, vivemos em constante batalha com os outros em nós e os outros externos, reinos em nós. A timidez, o medo, o luto mal elaborado, o complexo de inferioridade, insegurança, preocupação excessiva, imagem social... Tentam dia a dia tirar a liderança do eu, nossa capacidade de decidir. Eles tentam cotidianamente nos assustar, mostrar suas espadas afiadas, nos escravizar. 
      Se deixarmos, eles vão nos vencer. Precisamos convocar um exército. E é aí que entra a bela psicologia. Como os guardiões da Muralha, que eram vistos pelo povo apenas como exilados, e não levados na consideração necessária de protetores, assim são os psicólogos. Que ainda sofrem preconceitos quando a sua importância social, e são evitados, por serem taxados de loucos, ou por medo da loucura. Contudo, a loucura em si, não é o objeto de estudo da psicologia, mas o ser humano e sua subjetividade. Alguém precisa lutar contra os vagantes brancos mentais(depressão, esquizofrenia, melancolia, transtornos... etc), que podem chegar quando menos se espera, destruindo todo o reino, pois são agressivos, fortes e impiedosos. E para isso é necessário um treinamento (teoria, supervisão e trabalho pessoal)!!! Não nascemos preparados e nem treinados para assumir esse reinado. Aprendamos a procurar a Patrulha do Norte! 
      Às vezes, estamos mais submissos aos reinos em nós do que imaginamos. Estamos tão longe do controle da vida psíquica, quando Daenerys Targaryen de Winterfell. Posicionamos-nos paralelamente à nossa própria história. E isso é totalmente prejudicial. Mas, como ela, que ainda adolescente (mesmo nesta fase tudo sendo mais intenso e difícil) decidiu se posicionar, atravessar as barreiras e o mar, para retomar o lugar que reconhece como seu de direito, nós precisamos reagir. Convocar nossos dragões (aptidões, talentos, traços positivos da personalidade), que por pequenos que pareçam, eles crescem, e vingar os que já perdemos (como as oportunidades, por exemplo). Fazendo isso não haverá Lannister, Baratheon... nem ninguém que sente no trono que é do eu, que é nosso. Sabendo, é claro, que todo rei tem suas responsabilidades, e precisa estar sempre à postos para enfrentar novas batalhas. Ainda assim, experimente sentar no lugar mais confortável, cheio de regalias e poder, o Trono de Ferro da sua mente!!! 




Postagem pela aluna: Renata Barbosa, com colaboração de Janai Gonçalo e Larissa Mirelly
Fontes: Wikipédia.  Texto Autoral.  Tumblr.
Publicado: 30.05.2014
Edição: Ariane Menezes

O Mundo entre Distúrbios

    
    
     Todo o ano 1 em cada 5 pessoas sofrem de algum distúrbio, de alguma doença mental. Como se perde o controle da mente? Como encontrar ajuda? Dentre os mais comuns está a depressão e o distúrbio bipolar, de 5 em cada 10 pessoas que sofrem desses distúrbios cometem suicídio. 
     Você se rendendo ao distúrbio você irá se perder numa espécie de labirinto e não achará o caminho de volta. A depressão é diferente de um dia ruim, é quando você desanima e não consegue sair mais disso é uma coisa da qual você não consegue sair sozinho.
"Nos EUA existe um centro de prevenção ao suicídio, eles tentam ajudar as pessoas a não tentarem se matar. Das pessoas que ligam a maioria é por causa da depressão ou distúrbio bipolar."
      Na depressão, a auto-imagem do indivíduo é distorcida por uma tristeza profunda que ocorre sem razão aparentemente. O individuo torna-se indeciso e pensa frequentemente na morte. No distúrbio bipolar o humor da pessoa pode variar da depressão a um estado de euforia. Quando o distúrbio bipolar aparece as vitimas quase nunca procuram ajuda.
 "Pessoas muito criativas apresentam risco de distúrbios bipolar. Os romancistas Ernest Hemingway e Virgnia Woof estão entre os mais famosos. Ambos cometeram suicídio."
    Entender o comportamento humano nunca foi uma tarefa fácil. Vivemos hoje em uma época de grandes transformações, fobias, estresses, distúrbios, exclusão social e discriminação.
 


Postagem pela aluna: Thaynara Vieira
Fontes: Minha Cabine. Cabine Literária
Publicado: 30.05.2014
Edição: Ariane Menezes

A Síndrome de Peter Pan

“Ele é um homem devido a sua idade e um garoto por seus atos”.                                                                       Dan Kiley (1983).
     A Síndrome de Peter Pan, diz respeito a pessoas que se recusam a crescer. São inseguras, imaturas, rebeldes, dependentes dos pais, irresponsáveis, e costumam ter baixa autoestima. Esta síndrome que atinge praticamente só os meninos, tem raízes na infância, mas se manifesta apenas na puberdade, as causas podem ser sociais ou familiares.
     Familiares: Podem ser derivadas de pais muito possessivos, que não encorajaram o filho a enfrentar as realidades da vida de forma autônoma. Alguns pais não querem deixar que as crianças chorem ou se frustrem, e como consequência, elas acabam ficando com pouca capacidade para criar, e decidir sozinhas o rumo que darão à sua vida. A superproteção resulta em pessoas mimadas e despreparadas, quanto mais os pais protegem, mais estão ajudando o filho a se tornar uma pessoa inapta para o mundo social. O sofrimento é necessário para o amadurecimento, ninguém pode escolher por nós mesmos, os pais devem permitir que seus filhos sejam protagonistas de seu próprio destino. 
     Social: Desde a Segunda Guerra Mundial, a sociedade passou por uma mudança de postura, os homens foram lutar, e as mulheres passaram a trabalhar para manter a família. Logo depois, o sexo feminino começou a ser ativo na sociedade, estudando, trabalhando, tomando a frente em todas as áreas. Já os homens se acomodaram, isso provocou no homem o desejo de se tornar um eterno Peter Pan.

     A síndrome se manifesta em aqueles que, ainda que levem uma vida profissional aparentemente normal, na sua vida seguem comportando como adolescentes, são egocêntricos, irresponsáveis e impacientes.     Estão a todo momento escondendo sua idade real, sem querer aceitar que está envelhecendo, que é preciso amadurecer, assumir compromissos e encarar a realidade de sua vida. Essa confusão na vida de um ‘’adolescente artificial’’, o leva a grandes conflitos psicológicos, pois eles estão sempre tentando evitar que um ciclo acabe e dê lugar a outro. A síndrome de Peter Pan, em um sentido global torna-se um grande problema social, pois quando essas atitudes se multiplicam e se convertem em fenômenos sociais, elas se tornam perigosas. Uma sociedade em que a infância e a adolescência deixam de ser períodos de passagem para se transformarem em faixas etárias de estacionamento, é uma sociedade que sofre devido à impregnação de comportamentos adolescentes e da ausência da função adulta.
      Frente a impossibilidade de encontrar a fonte da eterna adolescência, uma sociedade de ‘’Peter Pans’’ vive em uma juventude psicológica. Mesmo sendo a adolescência um período de descobertas, desconcertos, florescimentos e dores, se torna maravilhosa quando encontra fundamento nas etapas seguintes.     Quem não consegue se desligar da adolescência e cultua à eterna juventude, nunca chega a ser adulto e carece de futuro e de sentido. Mesmo sendo a adolescência um período de descobertas, desconcertos, florescimentos e dores, se torna maravilhosa quando encontra fundamento nas etapas seguintes. Quem não consegue se desligar da adolescência e cultua à eterna juventude, nunca chega a ser adulto e carece de futuro e de sentido.
     Sendo assim, é preciso lutar contra a ‘’terra do nunca’’, viver cada período da vida em seu determinado tempo, para conseguirmos um equilíbrio. Em todas as etapas precisamos pensar, sentir, sonhar, e fantasiar, mas não podemos nos acomodarmos em um período por medo de sair dele, pois mesmo deixando de sermos crianças, por exemplo,  o infantil sempre estará em nós.

     



Postagem pela aluna: Janai Gonçalo
Fontes: Uol.  NComo-Saúde
Publicado: 06.2013 / 29.04.2014
Edição: Ariane Menezes
 
 

Poema


Às vezes para te agradar eu peço desculpas
Eu ainda nem me entendo, mas quero que saibas: EU TE ODEIO!
Odeio teu cheiro, teus gestos e a forma como sou invisível aos teus olhos
Mas sinto tua falta, preciso gritar?
Era pra você me entender...
Entender meu jeito, me aceitar...
Tem momentos que eu esqueço
Mas, depois... Há o depois...
Do que você reclama?
Ao menos eles me aceitam
Quem dera  você também me aceitasse
Queria poder dizer que você é tudo!
Mas as palavras não saem...

Postagem pela aluna: Silvana Rodrigues
Fontes: Poema autoral

Publicado: 29.05.2014
Edição: Ariane Menezes

Suicídio entre Jovens


      As Crianças de ontem, que hoje são jovens  adolescentes e  estão presentes  vivenciando e contribuindo,   mesmo sem se dar conta, para um mundo cada vez mais capitalista para amanhã serem o futuro da nação.  Nação está onde prioriza uma dicotomia que se usássemos o significado ligado à teologia  onde o corpo é ligado a alma e submisso a interesses divinos poderíamos dizer que o corpo dos jovens são ligados  a uma cultura que é movida pela informação , tecnologia e globalização, que tenta  a todo momento desestruturar  as etnias, que mesmo sofrendo impactos busca  conservar seus valores e princípios. Diante de toda essa  desestruturação oriundas, a maioria por forças tecnológicas, causa aos poucos disfunções aos que não conseguem interagir e se adequar ao padrão que é exposto e exigido na mídia , e intitulado  nas redes sociais a obrigação de ser feliz que assim vai gerando uma sobrecarga entre eles  e quando não se têm  uma relação boa e  estruturada   com a própria família, fica ainda mais complicado conseguir passar  por uma fase onde  gere qualquer desconforto.
      O que vêm a acarretar, diante  de  todo o contexto como sempre acompanhamos nas redes de comunicação em geral, são decisões lamentáveis  para resolver  situações simples  que um  diálogo poderia resolver.  Acredito que a maioria dos jovens  tome  decisões ocultas levados pela  emoção , até porque eles estão passando por um momento de descobertas, onde terão a responsabilidade de tomar decisões para a vida toda e ao mesmo tempo de adaptação com tudo o que vem descobrir , e nesse momento se eles não tem uma família estruturada para ouvir , orientar e a poiar , ele é sozinho e pronto, o que ele fizer de bom ou ruim é para si mesmo e as consequências que vai sofrer é  ele mesmo. Seria mais interessante um sentimento ambivalente por parte da sociedade, ao invés de criticar em duplos sentidos a fase que incomoda  a tantos, mas buscar conhecer e ajudar o próximo, ou será que acham pouco o índice de suicídios entre jovens que estão aos poucos morrendo aos braços de  uma sociedade manipuladora? Outro fato que está sendo bastante comum acontecer são suicídios ligados a questões depressivas, transtornos mentais, onde poucos têm acesso ao tratamento adequado, ou mesmo  um luto mal elaborado. Enfim muitos também não tem  espaço para falar, não são abertos ao diálogo não só em casa, mas com todos  os que convive. Se sentem criticados e diferentes e assim os tiram a oportunidade de falar e expor seus pensamentos e sentimentos, e não somente esse é um pretexto para acontecer as tragédias que estamos acompanhado, mas uma influência que parte de pessoas egoístas.  
     Finalizo minha abordagem com a  frase que foi publicada em uma reportagem feita por Iara Biderman na Folha de São Paulo:

"Quem pensa em suicídio, está passando por um sofrimento psicológico e não enxerga como sair disso, mas não significa que queira morrer. 
E nesse momento é muito a ajuda do outro, e intervenções psicoterapêuticas. "

   









(Imagem do documentário Elena) 

Elena, foi uma jovem que se suicidou e, após  20 anos sua irmã Petra fez um documentário do ocorrido onde relatou que :  
" O mais lastimável em relação à Elena é que, nos anos de 1990 , no grupo de pessoas com qual ela convivia, sabia-se pouco sobre bipolaridade, depressão , suicídio. A desinformação levou a trágédia.", afirma Petra.

 -26 Suicídios acontecem por dia no Brasil;
- 30% foi o aumento no número de suicídios no Brasil nos últimos 25 anos;
- A posição  que o Brasil ocupa no número de suicídios  é a 73, atingindo assim 100 mil pessoas por ano somente no Brasil. 

     Não basta apenas dados  expostos em gráficos  e tabelas, mas uma intervenção partindo de todos para mudar esse quadro.








Postagem pela aluna: Anália Soares
Fontes: Folha de São Paulo.
Publicado: 11.06.2013
Edição: Ariane Menezes
Publicado: 1

quinta-feira, 29 de maio de 2014

O Que Querem de Mim?


     Com a psicologia na virada do século XX e com as guerras mundiais surgem as perspectivas de contra- cultura, onde transgredir significou romper com a ordem social, cultural, familiar e política e o adolescente vestiu muito bem estes ideais. Em uma linha sócio-histórica, Calligaris compreende a adolescência como uma espécie de invenção cultural, ele assume o ideal do sujeito a partir de uma relação sociocultural, que teve impulso no período pós-segunda guerra, onde começou a surgir a rebeldia por parte destes “adolescentes” que se manifestavam das mais inusitadas maneiras, pois traziam inconscientemente a tarefa de realizar os sonhos frustrados de seus pais, agora os adolescentes eram a concretização do escape das vozes reprimidas de seus pais que se lamentavam cada vez mais por não ter mais o controle sobre seus filhos.     Movida por uma série de inquietações acerca das transformações interiores e exteriores causadas pelo período de moratória que lhe impede simbolicamente de entrar no contexto social do mundo dos adultos, a problemática adolescente vai muito além de uma época da vida, no momento do adiamento da adolescência e rebeldia são quase sinônimos. O adolescente púbere é intimado a uma série de desalojamentos e reconfigurações sobre sua mente, seu corpo e o mundo que lhe rodeia. A angustiante estranheza na relação com este corpo submetido a drásticas modificações, causa-lhe questionamentos conflitantes que gritam por entendimento.

Eu não vou me adaptar  
Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia 
Eu não encho mais a casa de alegria 
Os anos se passaram enquanto eu dormia 
E quem eu queria bem me esquecia. 
Será que eu falei o que ninguém ouvia? 
Será que eu escutei o que ninguém dizia? 
Eu não vou me adaptar, me adaptar 
Eu não vou me adaptar, me adaptar 
Eu não vou me adaptar, me adaptar 
Eu não tenho mais a cara que eu tinha 
No espelho essa cara já não é minha 
É que quando eu me toquei achei tão estranho 
A minha barba estava deste tamanho 
Será que eu falei o que ninguém ouvia? 
Será que eu escutei o que ninguém dizia? 
Eu não vou me adaptar, me adaptar 
Não vou me adaptar! 
Me adaptar! ♪


     Esta musica parece-nos estabelecer de maneira significante uma ponte sobre o discurso do adolescente com relação aos medos vivenciados tanto pelas transformações de seu corpo quanto pelo desligamento dos pais, onde ele agora tem que encontrar um novo caminho para sua atuação pulsional e se constituir como um sujeito autônomo e desejante em um momento de integração do que foi transcrito pelo grande outro e que agora tende a deslocar-se. Este grande outro agora referencia-se apenas como simbólico, pois então começa a inventar a reposicionar e resignificar o que já não existe mais. Longe mas não distante, o infantil estará para sempre presente como convicção da certeza mítica deste grande outro. A pulsão precisa encontrar uma via criativa de objetos de satisfação libidinal, os pais não podem mais bastar, porque o adolescente precisa realizar-se sexualmente, também não bastam mais como “verdade” e como “saber”, então o adolescente carece ser empreendedor deste desligamento da autoridade dos pais, que lhe é necessária. A reedição da problemática edípica vivenciada por cada sujeito dar-se desta forma com a saída deste grande outro, que não está mais materializado em ninguém, mas agora é desencarnado e simbolizado indo para o campo da não garantia. 
      Hoje estão inseridos em uma realidade que lhes cobra muito, a informação chega cada vez mais rápida e cada vez mais difusa em ideais de capitalização e globalização, enquadradas em seus peculiares conflitos, os adolescentes estudam, amam, brigam, trabalham, travam verdadeiras batalhas como as transformações corporais que vez ou outras lhe atropelam. Eles se constituem de uma incansável busca e de vários universos de encontros e desencontros, e tem que se adaptar a nova roupagem que se encontra a família contemporânea. Talvez não estejam preocupados com responder a pergunta clássica da adolescência: O que querem de mim? Mas apenas em serem postos em um lugar de compreensão e empatia.

Afeto, amor, compreensão - eis os alicerces da vida. 
Escrevemos com amor o poema da adolescência. 
Com a música do amor, orquestramos a grande canção da existência. 

E tu, cético diante da ternura, 
impermeável ao sentimento, 
aprendes esta verdade: 
A vida é Amor, e nada mais! 

(Omar Rubáiyát)


Postagem pela aluna: Géssica Gomes
Fontes: Texto autoral.Youtube. Letras
Publicado: 29.05.2014/ 07.02.2007
Edição: Ariane Menezes