No anúncio da revista ou na obra de arte
Na foto do jornal ou na letra do encarte
Suíte do motel, sala do ‘apart’
No meio, bem no meio o calor que invade.
A libido está em toda
A libido está em tudo
A libido está em toda parte
A libido está em toda parte
Nas cabeças de Platão, Maquiavel e Descartes.
No azul da atmosfera ou vermelho de Marte
Na porta do seu corpo ou porta-estandarte
No topo de um violão ou fulminando de enfarte
A libido está em toda
A libido está em tudo
A libido está em toda parte
A libido está em toda parte
No mundo virtual ou na realidade
No ‘hall’ do elevador, na mão do biscate.
No gesto do plebeu ou da majestade
Em quem chega cedo ou em quem já vai tarde
A libido está em toda
A libido está em tudo
A libido está em toda parte
A libido está em toda parte.
Na música pode-se ver a presença
desta energia tão forte como ingredientes de ruptura entre os mestres Freud e
Jung. Ao escolher este tema a cantora e compositora não tinha percebido que se
tratava de uma das fontes impulsionadora da vida, e apenas tenha buscado sua inspiração na parte
popularmente conhecida como apimentada da libido.
Na visão Freudiana a libido é a fonte de
energia propulsora voltada para a sexualidade. Enquanto Jung acreditava que a
libido como geradora de energia vital, um conceito abstrato de relações de
movimentos.
O que nos move e nos faz seguir todos os
dias de cabeça erguida, com energia, não são nossos cafés da manhã posteriores a boas
noites de sono, e sim uma força que nos faz levantar e ter o desejo de realizar
estas simples tarefas, como passar um café, aquecer um leite, provar uma fruta
fresca e sentir prazer em cada repetição do cotidiano. Desta forma, estamos
emanados pela pulsão de vida, onde nossas cores são mais vibrantes, nossas
emoções nos parecem bem mais claras e onde a libido está diretamente
relacionada a este verdadeiro descarrego energético, e sem ter o desejo sexual
em primeiro plano.
Quantas pessoas entram em pulsão de morte
por questões sexuais que não são físicas e sim psíquicas, e passam anos
tratando o corpo enquanto o que precisam é da cura pela palavra? E outras
tantas que se consideram plenas de vida, ativas sexualmente, e não sabem o
quanto estão em pulsão de morte com uma “libido” extrema também por questões de
sua sexualidade não resolvida?
Enquanto o nosso desejo de viver for à
energia que nos impulsionar a buscar uma vida completa e equilibrada, que
nossas mentes ouçam e nossas bocas falem o que seja necessário para mantermos o
fluxo perfeito de nosso corpo/psique em movimento.
Fontes:
Publicado: 1990. 2008. 28.01.2014
Edição: Ariane Menezes
Linda Poesia!
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