sexta-feira, 30 de maio de 2014

Diário de Um Adolescente

   
     
     Bem que eu tinha desconfiado! Os vacilões dos amigos do meu pai contaram a ele! Grande foi a confusão quando cheguei em casa. Meu pai ele não falava , gritava. Minha mãe só chorava. Me chamaram de maconheiro, drogado, disseram que não criaram filho pra ser ladrão!!!!! De onde eles tiraram isso??? De onde??? Cara, só porque eu estava no ensaio do Street Vai?! Eles não conhecem os caras! Drogas não tem na haver!!! Tentei explicar, mas... Eles não quiseram saber de nada, mal deixaram eu falar... Me proibiram sair de casa durante tempo indeterminado. Ainda me tiraram a internet e o celular! Eu tive tipo, um surto! Fui pro quarto gritando, bati a porta e comecei a jogar tudo! Quebrei mesmo! Gritava enquanto quebrava... talvez aquilo me aliviasse! Quando cansei, decidi escrever... E aqui estou. Está um silencio anormal aqui 
em casa agora. Coisa estranha! Peraí... Alguém está batendo... 


Diário de Renata 
      Velho, não acredito que fizeram isso com o Felipe! Quem eles pensam que são?! Internar ele assim, sem mais nem menos, como se ele fosse louco! Que raiva!!! Assim que soube, fui visitá-lo. Fiquei, tipo, muito chocada... o Felipe estava estranho. Nem reclamou comigo quando o chamei de “pequeno garfanhoto”! Cadê meu amigo?!!! O que fizeram com ele! Eu fiquei irada. E sai sem dá nenhuma palavra sequer com os pais dele. Odeio eles agora. Eles não sabem o filho que tem. O Felipe é o melhor garoto que já conheci, o coração dele é do tamanho do mundo e ele sempre se preocupa com todos... Eu precisei fazer algo. Mesmo com nojo daqueles dois, fui à casa do Felipe com minha mãe, que é psicóloga. Queria que ela explicasse a eles que aquilo não era o certo a fazer. E que um terapeuta familiar era uma boa. Para minha surpresa, eles não apresentaram resistência. Talvez perceberam que o Felipe está sofrendo e aquilo faz mal a ele. Para que remédio? Ele não está doente. Hoje foram buscar o Felipe. Espero 
que dê tudo certo! 
PS. Gosto do “pequeno garfanhoto” daquele jeito. Mas, ele não me vê. 

A Psicologia senta no Trono de Ferro

     
        O autor George R. R. Martin, escreveu o livro ( primeiro da trilogia “As Crônicas de Gelo e Fogo ), que deu origem a adaptação cinematográfica de mesmo nome, a série “ A Guerra dos Tronos”. Que tem alcançado um sucesso estrondoso em vários países, inclusive no Brasil. Eu mesma, sou vítima dessa “febre”! 
        Aos que nunca leram o livro ou acompanharam a série, eis o enredo: 

        “A Guerra dos Tronos segue três linhas de história, simultaneamente:
     Lorde Eddard Stark é patriarca da Casa Stark, uma das grandes casas nobres dos Sete Reinos deWesteros, e o Guardião do Norte. O Rei Robert Baratheon, amigo de infância de Eddard, viaja até Winterfell com sua família e corte para oferecer a Eddard o cargo de Mão do Rei, o principal conselheiro e comandante militar no Reino, devido a morte da Mão anterior, Lorde Jon Arryn. A esposa de Eddard, Catelyn Stark, recebe uma carta de sua irmã, Lysa Arryn, dizendo que a morte de Jon Arryn foi um assassinato arquitetado pela Rainha Cersei e por sua poderosa família, os Lannister. Relutante em deixar suas obrigações e família, Eddard é convencido por sua esposa a aceitar o cargo para investigar a morte de Arryn (na verdade a esposa tenta convencê-lo a NÃO aceitar o cargo). O filho do meio de Eddard, Bran Stark, acidentalmente vê a Rainha Cersei e seu irmão, Jaime Lannister, fazendo sexo. Para proteger a relação, Jaime empurra o menino da janela. Bran inesperadamente sobrevive e eventualmente acorda do coma paralisado da cintura para baixo, sem se lembrar de como caiu. Lorde Eddard viaja com a corte real para o sul em direção a Porto Real, a capital, levando suas filhas Sansa e Arya. A jovem de treze anos       Sansa se esforça para se tornar uma dama, já que ela foi prometida ao filho mais velho do Rei Robert, Joffrey, herdeiro do trono. Catelyn estraga uma tentativa de assassinato contra Bran, ainda no coma, revelando que sua queda não foi um acidente. Ela viaja secretamente para Porto Real para avisar seu marido e para lhe mostrar a distinta adaga usada pelo assassino. Uma vez lá, seu admirador de infância Petyr Baelish, conhecido como Mindinho, identifica a adaga como pertencendo ao irmão da Rainha Cersei, Tyrion Lannister, conhecido como "O Duende" devido ao seu nanismo. No caminho de casa ela encontra Tyrion em uma estalagem e ordena que ele seja preso e levado ao Ninho da Águia, onde sua irmã Lysa o põe sob julgamento e está ansiosa para matá-lo. Tyrion exige um julgamento por combate e ganha sua liberdade quando seu improvável campeão, o mercenário Bronn, vence o duelo. Em Porto Real, Eddard está focado em dever e justiça, e imediatamente começa a investigar a morte da Mão anterior. O Rei Robert está apenas interessado em bebidas e distrações, e realiza um torneio em honra de sua nova Mão. As pesquisas e investigações de Eddard o levam para o segredo que levou Jon Arryn a ser morto: os três filhos de Robert e Cersei foram gerados por Jaime Lannister. Eddard misericordiosamente oferece a Cersei a chance de fugir, porém ela recusa. Antes de poder ser informado, o Rei Robert é ferido fatalmente ao caçar um javali, no que parece ser um acidente exacerbado pela bebida. Rei Robert, moribundo no seu leito, pede para Ned Stark escrever seu testamento, dando a ele o direito de ser o rei regente até seu primogênito Joffrey - que Eddard altera para "o verdadeiro herdeiro" - ter idade para governar. O irmão mais novo de Robert, Renly, sugere que Eddard deveria usar seus guardas combinados para prender Cersei e seus filhos e tomar o controle do Trono de Ferro antes que os Lannister possam agir. Eddard se recusa dizendo que isso seria desonroso. Ele recruta Mindinho para ter os guardas da cidade ao seu lado, e mostra para Cersei a carta que Robert o entregou, porém Mindinho trai Eddard subornando o capitão da guarda para Cersei, que aprisiona Eddard, acusando-o de farsa e traição. Os guardas Lannister matam toda a comitiva de Eddard.       Sansa é feita  prisioneira, porém Arya consegue escapar do castelo com a ajuda de seu instrutor de  esgrima. Joffrey é coroado Rei e executa Eddard. Sansa é obrigada a assistir a  decapitação de seu pai e Arya secretamente, testemunha tudo da multidão. Antes dela poder agir precipitadamente, é levada para fora da cidade por Yoren, um membro da  Patrulha da Noite. Uma guerra civil, posteriormente chamada de a Guerra dos Cinco Reis, irrompe. Lorde Tywin Lannister leva a guerra às casas Stark e Tully e seus  vassalos. Robb Stark, filho mais velho de Eddard, lidera um exército de nortenhos para as Terras do Rio para ajudar seu avô materno, Lorde Hoster Tully, e para também buscar vingança pela morte do pai. Jaime Lannister lidera um cerco a Correrrio, enquanto Lorde Tywin lidera um grande exército ao sul do rio Tridente para impedir que Robb avance até Porto Real. Em uma manobra ousada, Robb secretamente envia sua cavalaria para Correrrio, enquanto parte de sua infantaria vai em direção de Lorde Tywin. Tywin, com a ajuda do recém libertado Tyrion, derrota os homens de  Stark, porém descobre tarde demais que eles eram apenas um chamariz. Com a manobra, as forças de Robb Stark surpreendem e destroem as tropas de Lannister, acampadas ao redor de Correrrio, capturando Jaime no processo. Renly Baratheon proclama a ilegitimidade de Joffrey e se declara Rei de Westeros, se tornando o segundo dos cinco reis da guerra. Robb Stark se torna o terceiro quando seus vassalos o proclamam Rei do Norte. 

Na Muralha 
      A fronteira do norte dos Sete Reinos é fortificada pela Muralha, uma antiga barreira de gelo de mais de 210 m de altura e 480 km de extensão, populada pela irmandade da Patrulha da Noite. Nas "terras sem lei" ao norte da Muralha, um pequeno grupo de Patrulheiros da Patrulha da Noite encontra os lendários Outros das antigas lendas, sendo todos mortos com a exceção de um. Levado a loucura, o sobrevivente foge para o sul da Muralha, onde é capturado e executado em Winterfell como um desertor, pelas mão de Eddard Stark. Jon Snow, filho bastardo de Lorde Eddard Stark, sente cada vez mais algo desagradável sobre seu futuro na Casa Stark. 
    Encorajado por seu tio Benjen Stark, o Primeiro Patrulheiro da Patrulha da Noite, Jon decide se juntar a irmandade permanentemente. Na Muralha, Jon inicialmente sente desprezo pelos outros recrutas, a maioria criminosos de baixo nascimento que escolheram o exílio na Muralha para não serem executados ou deixados como prisioneiros. Eventualmente ele deixa de lado seus preconceitos, une os recrutas contra seu sádico instrutor e protege o covarde, porém de boa índole, Samwell Tarly. Jon espera que suas habilidades superiores em combate o levem ao posto de Patrulheiro, o braço armado da irmandade. Para sua decepção, ele é designado como intendente do Lorde Comandante da Patrulha, Jeor Mormont, porém percebe que esse posto o está preparando para o comando. Ele faz com que seu amigo Samwell seja feito intendente do idoso Mestre Aemon, um trabalho adequado para a educação superior de Samwell e sua falta de capacidade atlética. Benjen Stark lidera um pequeno grupo de Patrulheiros  em uma ronda para além da Muralha, falhando em retornar. Quase seis meses depois, os corpos mortos de dois homens do grupo de Benjen são encontrados, com seus corpos sendo reanimados como zumbis a noite. Implacáveis contra feridas de espadas, eles conseguem matar seis homens. Um dos zumbis é cortado em vários pedaços por uma dúzia de irmãos, enquanto Jon sozinho salva o Lorde Comandante Mormont ao destruir o segundo com fogo. Por salvar sua vida, Mormont dá de presente à Jon sua espada de aço valiriano, "Garralonga", uma relíquia de família da Casa do Lorde Comandante. 
     Quando as notícias da execução de seu pai chegam, Jon tenta desertar da Patrulha da Noite, um crime capital, procurando ajudar seu irmão Robb na guerra contra os Lannister. Seus amigos na irmandade o pegam e o convencem a retornar antes de sua deserção ser notada. Ao voltar, o Comandante declara saber perfeitamente bem que ele fugiu, mas demonstra seu contentamento por seu retorno, tendo então uma conversa franca com Jon, na qual faze-o perceber que os eventos misteriosos ocorrendo além da muralha são muito mais importantes que os aquém, como a guerra pelo Trono de Ferro. Por fim lhe avisa que iriam em breve marchar para além da Muralha, para descobrir o que aconteceu com Benjen Stark, e enfrentando seja lá o que estiver além da muralha. Jon por fim se dá conta que agora sua família é a Patrulha da Noite. 

No Leste 
      Além do Mar Estreiro na Cidade Livre de Pentos, Viserys Targaryen vive em exílio com sua irmã de treze anos, Daenerys. Ele é filho, e o único herdeiro homem, do Rei Aerys II, cujo trono foi usurpado por Robert Baratheon. Viserys vende Daenerys em casamento para Khal Drogo, senhor de guerra dos guerreiros nômades dothraki, planejando usar o exército do mesmo para reconquistar o Trono de Ferro de Westeros. Entre os presentes de casamento estão três ovos petrificados de dragão, artefatos raros considerados muito valiosos porém inúteis, já que os dragões foram extintos há séculos. Um cavaleiro exilado de Westeros, Sor Jorah Mormont, se junta a Viserys como conselheiro. Inesperadamente, Daenerys encontra confiança e amor em seu bárbaro marido, que lhe engravida. É profetizado que seu filho vira ao mundo para unir e governar os dothraki. Drogo mostra pouco interesse em conquistar Westeros, provocando Viserys que passa a desprezar cada vez mais sua irmã. Inicialmente, Drogo suporta o herdeiro Targaryen e o pune com humilhações públicas. Porém quando Viserys publicamente ameaça Daenerys, Drogo o mata derramando ouro derretido em sua cabeça, simbolicamente dando a ele a "coroa" tão desejada. Como a última Targaryen, Daenerys assume a demanda do irmão para reconquistar o trono de 
Westeros. Um assassino buscando favor do Rei Robert, tenta, sem sucesso, envenenar Daenerys e assim matar seu filho ainda não nascido. Enfurecido, Drogo concorda em invadir Westeros procurando vingança. Enquanto saqueava aldeias para financiar a invasão, Drogo é ferido. A ferida infecciona, e Daenerys manda uma bruxa capturada fazer uma magia de sangue para salvá-lo, uma vez que ela havia feito o curativo no 
senhor dothraki. Entretanto, a traiçoeira prisioneira sacrifica o filho não nascido de Daenerys para dar poder ao feitiço, que mantém Drogo vivo em estado vegetativo. 
     Enquanto a horda dothraki sem líder debanda, Daenerys tem pena de seu outrora orgulhoso marido e sufoca-o. Ávida por vingança, ela ordena que a bruxa seja amarrada a pilha funerária de Drogo, e coloca seus três ovos de dragão na pilha com o marido. Daenerys acredita ser a última a possuir o sangue dos dragões correndo em suas veias, e decide entrar na fogueira que queima seu marido. Ao invés de perecer nas chamas, Daenerys emerge ilesa e com três recém-chocados dragões ao redor dela. Abismados, os poucos dothraki restantes e Sor Jorah juram lealdade à ela. Daenerys fica determinada a reunir um exército e reconquistar o Trono de Ferro.”


       Se formos a Westeros de nossa mente... 
       Uma pergunta emerge: 
      E no Trono de Ferro da nossa vida psíquica, quem está sentado? Na série, os reinos guerreiam entre si, para que um líder de seu povo seja o Rei dos Sete Reinos. Será que em nós não há disputa tão dramática quanto essa? Se pararmos para pensar, vivemos em constante batalha com os outros em nós e os outros externos, reinos em nós. A timidez, o medo, o luto mal elaborado, o complexo de inferioridade, insegurança, preocupação excessiva, imagem social... Tentam dia a dia tirar a liderança do eu, nossa capacidade de decidir. Eles tentam cotidianamente nos assustar, mostrar suas espadas afiadas, nos escravizar. 
      Se deixarmos, eles vão nos vencer. Precisamos convocar um exército. E é aí que entra a bela psicologia. Como os guardiões da Muralha, que eram vistos pelo povo apenas como exilados, e não levados na consideração necessária de protetores, assim são os psicólogos. Que ainda sofrem preconceitos quando a sua importância social, e são evitados, por serem taxados de loucos, ou por medo da loucura. Contudo, a loucura em si, não é o objeto de estudo da psicologia, mas o ser humano e sua subjetividade. Alguém precisa lutar contra os vagantes brancos mentais(depressão, esquizofrenia, melancolia, transtornos... etc), que podem chegar quando menos se espera, destruindo todo o reino, pois são agressivos, fortes e impiedosos. E para isso é necessário um treinamento (teoria, supervisão e trabalho pessoal)!!! Não nascemos preparados e nem treinados para assumir esse reinado. Aprendamos a procurar a Patrulha do Norte! 
      Às vezes, estamos mais submissos aos reinos em nós do que imaginamos. Estamos tão longe do controle da vida psíquica, quando Daenerys Targaryen de Winterfell. Posicionamos-nos paralelamente à nossa própria história. E isso é totalmente prejudicial. Mas, como ela, que ainda adolescente (mesmo nesta fase tudo sendo mais intenso e difícil) decidiu se posicionar, atravessar as barreiras e o mar, para retomar o lugar que reconhece como seu de direito, nós precisamos reagir. Convocar nossos dragões (aptidões, talentos, traços positivos da personalidade), que por pequenos que pareçam, eles crescem, e vingar os que já perdemos (como as oportunidades, por exemplo). Fazendo isso não haverá Lannister, Baratheon... nem ninguém que sente no trono que é do eu, que é nosso. Sabendo, é claro, que todo rei tem suas responsabilidades, e precisa estar sempre à postos para enfrentar novas batalhas. Ainda assim, experimente sentar no lugar mais confortável, cheio de regalias e poder, o Trono de Ferro da sua mente!!! 




Postagem pela aluna: Renata Barbosa, com colaboração de Janai Gonçalo e Larissa Mirelly
Fontes: Wikipédia.  Texto Autoral.  Tumblr.
Publicado: 30.05.2014
Edição: Ariane Menezes

O Mundo entre Distúrbios

    
    
     Todo o ano 1 em cada 5 pessoas sofrem de algum distúrbio, de alguma doença mental. Como se perde o controle da mente? Como encontrar ajuda? Dentre os mais comuns está a depressão e o distúrbio bipolar, de 5 em cada 10 pessoas que sofrem desses distúrbios cometem suicídio. 
     Você se rendendo ao distúrbio você irá se perder numa espécie de labirinto e não achará o caminho de volta. A depressão é diferente de um dia ruim, é quando você desanima e não consegue sair mais disso é uma coisa da qual você não consegue sair sozinho.
"Nos EUA existe um centro de prevenção ao suicídio, eles tentam ajudar as pessoas a não tentarem se matar. Das pessoas que ligam a maioria é por causa da depressão ou distúrbio bipolar."
      Na depressão, a auto-imagem do indivíduo é distorcida por uma tristeza profunda que ocorre sem razão aparentemente. O individuo torna-se indeciso e pensa frequentemente na morte. No distúrbio bipolar o humor da pessoa pode variar da depressão a um estado de euforia. Quando o distúrbio bipolar aparece as vitimas quase nunca procuram ajuda.
 "Pessoas muito criativas apresentam risco de distúrbios bipolar. Os romancistas Ernest Hemingway e Virgnia Woof estão entre os mais famosos. Ambos cometeram suicídio."
    Entender o comportamento humano nunca foi uma tarefa fácil. Vivemos hoje em uma época de grandes transformações, fobias, estresses, distúrbios, exclusão social e discriminação.
 


Postagem pela aluna: Thaynara Vieira
Fontes: Minha Cabine. Cabine Literária
Publicado: 30.05.2014
Edição: Ariane Menezes

A Síndrome de Peter Pan

“Ele é um homem devido a sua idade e um garoto por seus atos”.                                                                       Dan Kiley (1983).
     A Síndrome de Peter Pan, diz respeito a pessoas que se recusam a crescer. São inseguras, imaturas, rebeldes, dependentes dos pais, irresponsáveis, e costumam ter baixa autoestima. Esta síndrome que atinge praticamente só os meninos, tem raízes na infância, mas se manifesta apenas na puberdade, as causas podem ser sociais ou familiares.
     Familiares: Podem ser derivadas de pais muito possessivos, que não encorajaram o filho a enfrentar as realidades da vida de forma autônoma. Alguns pais não querem deixar que as crianças chorem ou se frustrem, e como consequência, elas acabam ficando com pouca capacidade para criar, e decidir sozinhas o rumo que darão à sua vida. A superproteção resulta em pessoas mimadas e despreparadas, quanto mais os pais protegem, mais estão ajudando o filho a se tornar uma pessoa inapta para o mundo social. O sofrimento é necessário para o amadurecimento, ninguém pode escolher por nós mesmos, os pais devem permitir que seus filhos sejam protagonistas de seu próprio destino. 
     Social: Desde a Segunda Guerra Mundial, a sociedade passou por uma mudança de postura, os homens foram lutar, e as mulheres passaram a trabalhar para manter a família. Logo depois, o sexo feminino começou a ser ativo na sociedade, estudando, trabalhando, tomando a frente em todas as áreas. Já os homens se acomodaram, isso provocou no homem o desejo de se tornar um eterno Peter Pan.

     A síndrome se manifesta em aqueles que, ainda que levem uma vida profissional aparentemente normal, na sua vida seguem comportando como adolescentes, são egocêntricos, irresponsáveis e impacientes.     Estão a todo momento escondendo sua idade real, sem querer aceitar que está envelhecendo, que é preciso amadurecer, assumir compromissos e encarar a realidade de sua vida. Essa confusão na vida de um ‘’adolescente artificial’’, o leva a grandes conflitos psicológicos, pois eles estão sempre tentando evitar que um ciclo acabe e dê lugar a outro. A síndrome de Peter Pan, em um sentido global torna-se um grande problema social, pois quando essas atitudes se multiplicam e se convertem em fenômenos sociais, elas se tornam perigosas. Uma sociedade em que a infância e a adolescência deixam de ser períodos de passagem para se transformarem em faixas etárias de estacionamento, é uma sociedade que sofre devido à impregnação de comportamentos adolescentes e da ausência da função adulta.
      Frente a impossibilidade de encontrar a fonte da eterna adolescência, uma sociedade de ‘’Peter Pans’’ vive em uma juventude psicológica. Mesmo sendo a adolescência um período de descobertas, desconcertos, florescimentos e dores, se torna maravilhosa quando encontra fundamento nas etapas seguintes.     Quem não consegue se desligar da adolescência e cultua à eterna juventude, nunca chega a ser adulto e carece de futuro e de sentido. Mesmo sendo a adolescência um período de descobertas, desconcertos, florescimentos e dores, se torna maravilhosa quando encontra fundamento nas etapas seguintes. Quem não consegue se desligar da adolescência e cultua à eterna juventude, nunca chega a ser adulto e carece de futuro e de sentido.
     Sendo assim, é preciso lutar contra a ‘’terra do nunca’’, viver cada período da vida em seu determinado tempo, para conseguirmos um equilíbrio. Em todas as etapas precisamos pensar, sentir, sonhar, e fantasiar, mas não podemos nos acomodarmos em um período por medo de sair dele, pois mesmo deixando de sermos crianças, por exemplo,  o infantil sempre estará em nós.

     



Postagem pela aluna: Janai Gonçalo
Fontes: Uol.  NComo-Saúde
Publicado: 06.2013 / 29.04.2014
Edição: Ariane Menezes
 
 

Poema


Às vezes para te agradar eu peço desculpas
Eu ainda nem me entendo, mas quero que saibas: EU TE ODEIO!
Odeio teu cheiro, teus gestos e a forma como sou invisível aos teus olhos
Mas sinto tua falta, preciso gritar?
Era pra você me entender...
Entender meu jeito, me aceitar...
Tem momentos que eu esqueço
Mas, depois... Há o depois...
Do que você reclama?
Ao menos eles me aceitam
Quem dera  você também me aceitasse
Queria poder dizer que você é tudo!
Mas as palavras não saem...

Postagem pela aluna: Silvana Rodrigues
Fontes: Poema autoral

Publicado: 29.05.2014
Edição: Ariane Menezes

Suicídio entre Jovens


      As Crianças de ontem, que hoje são jovens  adolescentes e  estão presentes  vivenciando e contribuindo,   mesmo sem se dar conta, para um mundo cada vez mais capitalista para amanhã serem o futuro da nação.  Nação está onde prioriza uma dicotomia que se usássemos o significado ligado à teologia  onde o corpo é ligado a alma e submisso a interesses divinos poderíamos dizer que o corpo dos jovens são ligados  a uma cultura que é movida pela informação , tecnologia e globalização, que tenta  a todo momento desestruturar  as etnias, que mesmo sofrendo impactos busca  conservar seus valores e princípios. Diante de toda essa  desestruturação oriundas, a maioria por forças tecnológicas, causa aos poucos disfunções aos que não conseguem interagir e se adequar ao padrão que é exposto e exigido na mídia , e intitulado  nas redes sociais a obrigação de ser feliz que assim vai gerando uma sobrecarga entre eles  e quando não se têm  uma relação boa e  estruturada   com a própria família, fica ainda mais complicado conseguir passar  por uma fase onde  gere qualquer desconforto.
      O que vêm a acarretar, diante  de  todo o contexto como sempre acompanhamos nas redes de comunicação em geral, são decisões lamentáveis  para resolver  situações simples  que um  diálogo poderia resolver.  Acredito que a maioria dos jovens  tome  decisões ocultas levados pela  emoção , até porque eles estão passando por um momento de descobertas, onde terão a responsabilidade de tomar decisões para a vida toda e ao mesmo tempo de adaptação com tudo o que vem descobrir , e nesse momento se eles não tem uma família estruturada para ouvir , orientar e a poiar , ele é sozinho e pronto, o que ele fizer de bom ou ruim é para si mesmo e as consequências que vai sofrer é  ele mesmo. Seria mais interessante um sentimento ambivalente por parte da sociedade, ao invés de criticar em duplos sentidos a fase que incomoda  a tantos, mas buscar conhecer e ajudar o próximo, ou será que acham pouco o índice de suicídios entre jovens que estão aos poucos morrendo aos braços de  uma sociedade manipuladora? Outro fato que está sendo bastante comum acontecer são suicídios ligados a questões depressivas, transtornos mentais, onde poucos têm acesso ao tratamento adequado, ou mesmo  um luto mal elaborado. Enfim muitos também não tem  espaço para falar, não são abertos ao diálogo não só em casa, mas com todos  os que convive. Se sentem criticados e diferentes e assim os tiram a oportunidade de falar e expor seus pensamentos e sentimentos, e não somente esse é um pretexto para acontecer as tragédias que estamos acompanhado, mas uma influência que parte de pessoas egoístas.  
     Finalizo minha abordagem com a  frase que foi publicada em uma reportagem feita por Iara Biderman na Folha de São Paulo:

"Quem pensa em suicídio, está passando por um sofrimento psicológico e não enxerga como sair disso, mas não significa que queira morrer. 
E nesse momento é muito a ajuda do outro, e intervenções psicoterapêuticas. "

   









(Imagem do documentário Elena) 

Elena, foi uma jovem que se suicidou e, após  20 anos sua irmã Petra fez um documentário do ocorrido onde relatou que :  
" O mais lastimável em relação à Elena é que, nos anos de 1990 , no grupo de pessoas com qual ela convivia, sabia-se pouco sobre bipolaridade, depressão , suicídio. A desinformação levou a trágédia.", afirma Petra.

 -26 Suicídios acontecem por dia no Brasil;
- 30% foi o aumento no número de suicídios no Brasil nos últimos 25 anos;
- A posição  que o Brasil ocupa no número de suicídios  é a 73, atingindo assim 100 mil pessoas por ano somente no Brasil. 

     Não basta apenas dados  expostos em gráficos  e tabelas, mas uma intervenção partindo de todos para mudar esse quadro.








Postagem pela aluna: Anália Soares
Fontes: Folha de São Paulo.
Publicado: 11.06.2013
Edição: Ariane Menezes
Publicado: 1

quinta-feira, 29 de maio de 2014

O Que Querem de Mim?


     Com a psicologia na virada do século XX e com as guerras mundiais surgem as perspectivas de contra- cultura, onde transgredir significou romper com a ordem social, cultural, familiar e política e o adolescente vestiu muito bem estes ideais. Em uma linha sócio-histórica, Calligaris compreende a adolescência como uma espécie de invenção cultural, ele assume o ideal do sujeito a partir de uma relação sociocultural, que teve impulso no período pós-segunda guerra, onde começou a surgir a rebeldia por parte destes “adolescentes” que se manifestavam das mais inusitadas maneiras, pois traziam inconscientemente a tarefa de realizar os sonhos frustrados de seus pais, agora os adolescentes eram a concretização do escape das vozes reprimidas de seus pais que se lamentavam cada vez mais por não ter mais o controle sobre seus filhos.     Movida por uma série de inquietações acerca das transformações interiores e exteriores causadas pelo período de moratória que lhe impede simbolicamente de entrar no contexto social do mundo dos adultos, a problemática adolescente vai muito além de uma época da vida, no momento do adiamento da adolescência e rebeldia são quase sinônimos. O adolescente púbere é intimado a uma série de desalojamentos e reconfigurações sobre sua mente, seu corpo e o mundo que lhe rodeia. A angustiante estranheza na relação com este corpo submetido a drásticas modificações, causa-lhe questionamentos conflitantes que gritam por entendimento.

Eu não vou me adaptar  
Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia 
Eu não encho mais a casa de alegria 
Os anos se passaram enquanto eu dormia 
E quem eu queria bem me esquecia. 
Será que eu falei o que ninguém ouvia? 
Será que eu escutei o que ninguém dizia? 
Eu não vou me adaptar, me adaptar 
Eu não vou me adaptar, me adaptar 
Eu não vou me adaptar, me adaptar 
Eu não tenho mais a cara que eu tinha 
No espelho essa cara já não é minha 
É que quando eu me toquei achei tão estranho 
A minha barba estava deste tamanho 
Será que eu falei o que ninguém ouvia? 
Será que eu escutei o que ninguém dizia? 
Eu não vou me adaptar, me adaptar 
Não vou me adaptar! 
Me adaptar! ♪


     Esta musica parece-nos estabelecer de maneira significante uma ponte sobre o discurso do adolescente com relação aos medos vivenciados tanto pelas transformações de seu corpo quanto pelo desligamento dos pais, onde ele agora tem que encontrar um novo caminho para sua atuação pulsional e se constituir como um sujeito autônomo e desejante em um momento de integração do que foi transcrito pelo grande outro e que agora tende a deslocar-se. Este grande outro agora referencia-se apenas como simbólico, pois então começa a inventar a reposicionar e resignificar o que já não existe mais. Longe mas não distante, o infantil estará para sempre presente como convicção da certeza mítica deste grande outro. A pulsão precisa encontrar uma via criativa de objetos de satisfação libidinal, os pais não podem mais bastar, porque o adolescente precisa realizar-se sexualmente, também não bastam mais como “verdade” e como “saber”, então o adolescente carece ser empreendedor deste desligamento da autoridade dos pais, que lhe é necessária. A reedição da problemática edípica vivenciada por cada sujeito dar-se desta forma com a saída deste grande outro, que não está mais materializado em ninguém, mas agora é desencarnado e simbolizado indo para o campo da não garantia. 
      Hoje estão inseridos em uma realidade que lhes cobra muito, a informação chega cada vez mais rápida e cada vez mais difusa em ideais de capitalização e globalização, enquadradas em seus peculiares conflitos, os adolescentes estudam, amam, brigam, trabalham, travam verdadeiras batalhas como as transformações corporais que vez ou outras lhe atropelam. Eles se constituem de uma incansável busca e de vários universos de encontros e desencontros, e tem que se adaptar a nova roupagem que se encontra a família contemporânea. Talvez não estejam preocupados com responder a pergunta clássica da adolescência: O que querem de mim? Mas apenas em serem postos em um lugar de compreensão e empatia.

Afeto, amor, compreensão - eis os alicerces da vida. 
Escrevemos com amor o poema da adolescência. 
Com a música do amor, orquestramos a grande canção da existência. 

E tu, cético diante da ternura, 
impermeável ao sentimento, 
aprendes esta verdade: 
A vida é Amor, e nada mais! 

(Omar Rubáiyát)


Postagem pela aluna: Géssica Gomes
Fontes: Texto autoral.Youtube. Letras
Publicado: 29.05.2014/ 07.02.2007
Edição: Ariane Menezes

Diário de Um Adolescente


   
     Cara, não acredito! Ela lembrou de mim! Havia falado à ela que tava afim de conhecer lá o espaço dos Street’s Vai, e até dançar (quem sabe!!!)... Falei brincando, mas parece que ela levou a sério. Gosto de pessoas assim... Que se importam com o que as outras pessoas falam. Retornei a mensagem, dizendo: “Vou sim, Kelly. Tô na casa da minha amiga. Já já passo ai!” 
     - Renata, doida, vou dançar hip-hop!!! 
     -O quê? Dançar o quê? Eu devo está ficando louca! – E teve uma crise de riso. 
     -Tá ficando??? Você já é a muito tempo! 
     Rimos muito dessa nova parada minha, de dançar hip-hop! Me despedi dela e fui lá no espaço. Ao chegar, vi uma galera. Sei lá velho, um tanto estranha! Uns de cabelo cacheado (tipo assim, dez pacotes de miojo, para chegar perto do que estou falando), outros com um corte meio careca (não dava para definir que corte era aquele), uns usavam bonés pala reta (aquilo não era boné pala reta, era a ponte que dava acesso a minha casa!), bermudas folgadas (calça de palhaço perde)... Após observá-los, fiquei no meu canto, por que não conhecia ninguém além de Kelly (que aliás, tinha conhecido a pouco tempo). Ela se aproximou, me abraçou e disse que estava feliz por me ver ali. (Ela estava feliz por me ver?????? Ninguém nunca falou isso comigo, nem minha mãe!) Ela me apresentou um por um. Conheci cada figura... O Alexandre, o Raul, o Taciano (que aliás, é o mais maluco de todos). Tinha meninas também. Antônia, Janai, Patrícia ( me derreti ao ver essa Patrícia! Cara, ela é bem delicada, sabe... Tipo aquelas caixas que vem carimbadas “cuidado frágil”.). Claro, tinha mais gente. Mas, esses foram os que eu lembrei os nomes. Uma galera acolhedora para caramba. Quando começaram a dançar (um som com uma batida forte), fiquei besta! Os caras dançam demais! Fiquei eufórico! Uma vontade de dançar... Mas, sou desengonçado, ia pagar um mico! Terminou o ensaio. (Ou era reunião, ou era encontro? Não sei.) Liguei na hora para Renata. Contei que a turma era massa e tal, e a convidei para conhecer esse espaço. Renata é uma onda!!! Enquanto eu estava falando, ela me interrompeu e disse:
      -Você virou maconheiro, foi Felipe!? (rindo muito!) 
     Caímos na gargalhada. Apesar, da brincadeira ser de mal gosto, foi engraçada a forma dela falar. No fim, ela concordou de ir lá comigo. Bem, me senti acolhido. Parece que encontrei minha turma. Lá não vi cobrança ou coisa do tipo. A pessoa se sente livre.       
     Quando saí de lá, percebi alguns amigos do meu pai me viram com o grupo. Será que eles vão dizer a meu pai? Será que ele vai reclamar comigo? Será que ele vai me proibir de me reunir com os caras? Logo agora que me encontrei!
     PS: Caraca velho! Só tenho algumas linhas do meu diário, para escrever...
Dia 29/05/2014


Postagem pelo aluno: Renato Santos
Fontes: Texto autoral
Publicado: 29.05.2014

Edição: Ariane Menezes

Diário de Um Adolescente

   
     
     Liguei para Renata. Fiz uma, duas, três, quatro (já estava ficando agoniado) ligações. Na quinta chamada ela finalmente, atendeu. 
      - Diz... Pequeno gafanhoto! 
     Renata é minha grande amiga. É como se fosse uma irmã. Inclusive, chata como tal. Eu odeio esse apelido que ela colocou em mim. Mas, tem uma voz calma, que me deixa calmo. É uma doida! 
      - Nãaaao me chame de Pequeno gafanhoto! – Gritei, já estafado! 
      - Agora deu! Tava assistindo Dragon Ball, fala logo. 
     Agora sei porque demorou a atender. 
     - Não fala assim comigo não. Hoje eu to mal. Quero conversar com alguém, e só consigo me abrir com você. 
     Talvez por ela ser largadona, usar aparelho, óculos, e às vezes eu quase esquecer que ela é uma menina, eu não me constrangia com ela. 
    - Tá bom. Manda Pequeno gafanhoto!
     Contei tudo a ela. Sobre Ariane (minha dor de cotovelo)... e o Gustavo (não consigo nem imaginar essa cena que passo mal. Será que ele também tá afim dela? Claro que sim. Ela é perfeita. Está ainda mais linda com o cabelo ruivo.)... Quando terminei de me lamentar, ela disse com voz segura: 
     - Já passei por isso. Você sabe, o Rian... 
     -Verdade. Lembro disso! Vacilão!!! 
    -Bem, mas passou. E com você vai passar também. Você encontra alguém melhor. 
      Alguém melhor que Ariane?! Já vi que vou namorar com a Angelina Jolie de 15 anos! Será que ela não enxerga quem que eu sou? Enfim, depois de mais de uma hora de conversa, já me sentia melhor. Marcamos de jogar Mortal Kombat, como sempre fazemos. Fiquei pensando que bobão foi o Rian, perder uma mina dessa! Só porque ela tá sempre com o cabelo cacheado em pé? Ou porque não usa maquiagem? Se ele a conhecesse veria que burrada que fez. Se fosse eu... Ah, nunca serei eu, não posso arriscar perder a amizade dela! De repente, enquanto estava perdido em pensamentos... Chega uma mensagem no celular: “Oi Felipe! Sou eu Kelly, a menina do hip hop. Vai mesmo entrar no grupo?!” 
     Não acredito que ela me ligou??!!?!?!??!?!?! 
     PS. Acho que tenho problemas psicológicos.
Dia 28.05.2014


Postagem pelo aluno: Renato Santos
Fontes: Texto autoral
Publicado: 28.05.2014

Edição: Ariane Menezes

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Para minha Mãe:


     Mãe, hoje não posso mais abraçar porque foi por querer me encontrar que me perdi, foi em busca de liberdade  que terminei preso foi, por acreditar que tudo era possível que o que era impossível pra ti mãe, aconteceu, foi por me conformar que não tinha mais jeito que deixei as coisas rolarem, me perdi, e por várias vezes morri, mas hoje mãe, quem morre é minha existência pois a minha  a minha essência não existia mais. Vivi na loucura de meus monstros e pra me libertar deles conheci tantos outros, o prometido não se cumpriu... Mãe a culpa não foi sua, o seu amor foi incondicional, me protegeu de tudo e do mundo, mas eu fui atrás do prometido,  hoje mãe sei que choras, sei que deve estar doendo ver meu corpo aqui sem vida desprotegido, largado... imagino Mãe que esta dor possa te levar à loucura, pois sei que pensar na morte é difícil ainda mais para você mãe que me tinha como seu bebê, seu filhinho único e amado, mãe desculpa por te fazer sentir estar dor , mas quem me dera por ter todas as respostas...
     Como falar da morte? Um sentimento que nos proporciona uma dor avassaladora mas que também nos traz um convite a reflexão da vida, sentimento este o qual todos estamos vulneráveis a passar. A vida nos traz o ganhar e o perder, e a morte é uma confirmação de perda. Um sentimento que  acompanha a separação de alguém significativo, é doloroso, mas inevitável e necessário. Um profundo vazio acompanhado da angústia. É um sentir morrer junto , é um sentimento de que alguma coisa morre dentro de nós quando perdemos a presença da pessoa amada. A ausência não escolhida cria uma falta, nos leva a um buraco o qual só vemos tristeza e é natural que sintamos assim. É o luto, muito necessário à elaboração do fato e à acumulação de força para prosseguir na vida. O luto tem por objetivo nos ajudar na reorganização da vida, abalada pela inevitável certeza da existência da morte.


Postagem pela aluna: Neila Lins
Fontes: Texto autoral
Publicado: 26.05.2014
Edição: Ariane Menezes

terça-feira, 27 de maio de 2014

Correntes Pinópticas da Escravidão Comtemporânea


     A escravidão se caracteriza pela sujeição de um homem pelo outro, de forma tão completa, que não apenas o escravo é propriedade do senhor, como sua vontade está sujeita à autoridade do seu dono e seu trabalho pode ser obtido pela força, uma transformação de um ser humano em propriedade de outro, a ponto de ser anulado seu próprio poder de decisão, perdendo completamente sua condição de sujeito livre, aprisionado e mantido em determinado local onde permaneça sob custódia e vontade de seu comprador e então dono, onde a este, cabe poder de decisão, de condenação e punição. O escravo que infringe as leis de seus donos sofre punições, sendo mantido preso por correntes de ferro para sua total imobilidade. 
     A história da humanidade é cercada por vários viés de escravatura, praticada pelas mais diversas civilizações. Na antiguidade a escravidão era uma situação aceita, e logo foi entendida pelas lideranças como sendo a forma mais rápida de crescimento e controle econômico e social, a partir daí, até os  dias atuais o que move os eixos da escravidão é o jogo da vigilância e do poder. Neste contexto o filosofo Michel Foucault grande pensador do século XX  explana que ao longo da história houve pontos que não foram narrados, que foram escondidos, ele vem chamar isto de pontos em descontinuidade, diante disto percebe que a história foi construída através de uma serie de interesses e posturas que forjam a realidade dos fenômenos procurando priorizar as metas a cerca de determinados fenômenos, ou seja, este não dito está ligado a movimentações sociais que fogem das normas padronizadoras, como por exemplo, a loucura, que na sua constitucionalidade comporta uma história de deslocamento social. Foucault desconfia do que está por trás destes fenômenos, procurando certas evidencias que se manifestam às escuras, no entanto não são apresentadas nos acontecimentos. Desta forma ele influencia diretamente na reforma psiquiátrica porque procura a verdade da loucura, não a verdade sobre a loucura, mas sobre o discurso que rege a história da loucura, analisando uma série de evidências que estão postas nos manicômios, na literatura, na igreja, na poesia e nos relatos etnográficos e históricos sobre o que aconteceu com a formação e a verticalização do mundo dos denominados loucos até chegar ao entendimento das novas categorias que a psiquiatria adota.           Foucault chega então à conclusão que em dado momento acontece uma legitimação da verdade humana como sendo absoluta, o homem como portador do entendimento real e concreto que é adquiro pela sua capacidade de discernimento sobre as coisas a partir da lucidez obrigatória que o homem tem que ter sobre o que é ou não de ordem lógica. Então seguindo esta linha de pensamento Foucault vem compreender como sendo a sexualidade um dispositivo de poder que é manipulado ao longo da historia pela igreja a partir do ato de confissão, e tal como nos conhecimentos dissolvidos na sociedade, para ele o interesse que está por trás desses conhecimentos é o de tudo saber para tudo poder, sendo assim dizer o que deve ou não ser feito, o que pode ser criado e o que deve ser proscrito e enxerga isso como sendo o principio da negatividade. A partir destas ideias podemos considerar o modelo panóptico estudado em outro momento pelo filósofo, como exemplificação concreta do poder disciplinar da sociedade moderna, onde este funciona cada vez mais como ferramenta que fabricam sujeitos úteis por estarem sujeitados em suas gaiolas, respondendo somente quando são perguntados. 
     A contemporaneidade faz sujeitos escravos de uma nova versão do projeto panóptico, a atual configuração de sociedade está cercada por este mesmo dispositivo de poder e de monitoramento ao qual Foucault relaciona com a repressão da sexualidade, a hipótese repressiva encaixa-se perfeitamente neste novo modelo de sociedade que verticaliza cada vez mais as relações sobre a sexualidade e o poder. Não muito distante do ideal escravagista e tão pouco das perspectivas de vigilância e poder emergentes na modernidade, os sujeitos contemporâneos estão acorrentados por dispositivos de vigilância que regem cada movimento, assim como antes; escravos, assim como antes: disciplinados pela monitoração. O capitalismo encaixa a subjetividade contemporânea em recortes manipulados que são extraídos de cada ação que o sujeito desenvolve e isto se dá por meio da vigilância nossa de cada dia que lhes damos hoje e sempre amém a fim de tornar-nos presos a ideais de segundos, terceiros e até de um sistema, incapazes de pensar, de estabelecer relação entre sua vontade e a imposição disciplinar difusa nas mãos de quem vigia.
     Em uma analogia a musica de Engenheiros do Hawaii “3ª Do Plural”:


Corrida pra vender cigarro 
Cigarro pra vender remédio 
Remédio pra curar a tosse 
Tossir, cuspir, jogar pra fora
Corrida pra vender os carros 
Pneu, cerveja e gasolina 
Cabeça pra usar boné 
E professar a fé de quem patrocina
Eles querem te vender 
Eles querem te comprar 
Querem te matar (de rir) 
Querem te fazer chorar
Quem são eles? Quem eles pensam que são? 
Quem são eles? Quem eles pensam que são?
Quem são eles? Quem eles pensam que são? 
Quem são eles? Quem eles pensam que são?
Corrida contra o relógio 
Silicone contra a gravidade
Dedo no gatilho, velocidade 
Quem mente antes diz a verdade
Satisfação garantida 
Obsolescência programada
 Eles ganham a corrida 
Antes mesmo da largada
Eles querem te vender 
Eles querem te comprar 
Querem te matar (a sede)
 Eles querem te sedar
Quem são eles? Quem eles pensam que são? 
Quem são eles? Quem eles pensam que são?
Quem são eles? Quem eles pensam que são? 
Quem são eles? Quem eles pensam que são?
Vender, comprar, vendar os olhos 
Jogar a rede... contra a parede 
Querem te deixar com sede 
Não querem te deixar pensar
Quem são eles? Quem eles pensam que são? 
Quem são eles? Quem eles pensam que são?
Quem são eles?



Postagem pela aluna: Géssica Gomes
Fontes: A História da Loucura- Michel Foucault. Youtube.

Publicado: 1978/  12.07.2008
Edição: Ariane Menezes

Diário de um Adolescente


     Ela disse: “oi”! Cara, nem acredito! Caraca velho, que felicidade! O que significa esse “oi”? Alguma coisa deve ser... E principalmente, depois de dois anos estudando juntos, ela finalmente me notou! Não foi um simples “oi”... foi tipo “ooooii...”! Daquele jeito sabe... que a gente saca que ela ta afim do cara. Claro que ta afim(eu pensei). Meu melhor amigo, o Guga, até notou que foi um “oi” especial. Decidi falar com ela, e quando chego na escola (pânico... -se pelo menos eu não tivesse certeza que minhas bochechas estavam vermelhas-, tudo seria mais fácil!), ela vem na minha direção (falo ou não falo?)... e ela se aproximando ( e um medo de falar besteira, -que aliás é minha especialidade-, me dominou)!
     - Oi. - Pronto falei.
   - Como você está? – perguntou.
 - Estou bem. (respondi... enquanto pensava: melhor que nunca,  uhuuuuu!) Daí por diante, começamos uma longa conversa. Falamos sobre tudo. Música (e por sinal ela tem um gosto perfeito), dança, seriados, estudos(português,matemática,química, física blá blá blá...conversa chata sobre estudos.) Foi a melhor manhã da minha vida. Cara, feliz ao extremo! Estar ao lado dela me dá a sensação de que sou completo. Ariane é perfeita, sabe... Loira, baixinha,olhos lindos, uma pele...meu DEUS! Marcamos para estudar a tarde na casa dela, para fazer um trabalho juntos. Assim que terminou a aula, me despedi, fui para casa. Meus pais, ah... estavam em casa. Reclamaram comigo(normal) porque demorei para chegar em casa e atrasei o almoço do poderoso chefão! Mas, confesso que não fiquei com raiva dessa vez, nada me afetava! Tava de boa, ansiedade ao extremo.        Meus pais nem notaram que eu estava feliz. De que estou falando? Eles não notam nada sobre mim, sou invisível! Eles só têm olhos para o meu irmão! Mas, deixemos eles para lá... 14:00 horas... Estava a caminho da casa dela(pensava muito o que falar, como me comportar, não podia parecer uma criança). Toquei a campainha, ela abriu a porta. MEU DEUS! Ela está mais linda que nunca! Cabelo solto, blusa vermelha, short azul... Cara! Ela me causa uma sensação estranha, não sei explicar. Ela me deixa com borboletas na barriga(estômago, né? Kkk).
     Ela falou: - Felipe, você esta atrasado.
   - Dei um sorriso de leve e pedi desculpas. Entrei. Ficamos na sala estudando aquela besteira... H2O, NITROGENIO, ZINCO... Não entendia nada, mas fingia que sabia de tudo. Quando de repente, ela para e olha pra mim(penso eu, vai me beijar ou dizer que me ama). Então ela quebrou o silêncio e fez a seguinte pergunta: “O GUSTAVO TA NAMORANDO?” AAAAAAAAHHHHH... Perdi o chão! Um vazio se formou em mim! Respondi que não, e perguntei qual a razão da pergunta. Ela me disse, na cara de pau, que acha ele bonito, interessante, e que acha que está gostando dele! E para completar, pediu para eu ajudá-la a conquistá-lo! Fiquei, tipo, sem graça. Ela percebeu e perguntou o que eu tinha, eu respondi que não era nada. Nem chegamos a terminar o trabalho, eu disse que ia embora, pois tinha esquecido uma coisa importante que meu Pai mandou fazer. Ela insistiu para eu ficar, mas não tinha mais clima para ficar naquela casa, com aquela pessoa! Ela tá afim do meu amigo, velho!Tudo dá errado para mim! É claro... Sou feio, magro e uso óculos! Meus pais tem razão quando dizem que eu sou burro. Não sei fazer nada, nem conquistar uma menina! Isso ainda está doendo, dá vontade de chorar, gritar talvez, sumir! Talvez, -se eu fosse descolado-, tivesse chance.     Ou quem sabe se eu dançasse hip-hop, ela ficaria comigo! Que droga de vida! Preciso conversar com alguém! Vou ligar para Renata, talvez ela me entenda. 
      Ninguém consegue me entender! Mas vou tentar, pior que isso não fica. Não mesmo, né?! Estou estranho. Isso é normal? 
     PS: Ligo pra Renata. 27/05/2014


Postagem pelo aluno: Renato Santos
Fontes: Texto autoral
Publicado: 27.05.2014
Edição: Ariane Menezes

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Libido Integrada às Pulsões que nos levam da Vida à Morte



No anúncio da revista ou na obra de arte
Na foto do jornal ou na letra do encarte
Suíte do motel, sala do ‘apart’
No meio, bem no meio o calor que invade.
A libido está em toda
A libido está em tudo
A libido está em toda parte
A libido está em toda parte 
Nas cabeças de Platão, Maquiavel e Descartes.
No azul da atmosfera ou vermelho de Marte
Na porta do seu corpo ou porta-estandarte
No topo de um violão ou fulminando de enfarte 
A libido está em toda
A libido está em tudo
A libido está em toda parte
A libido está em toda parte 
No mundo virtual ou na realidade
No ‘hall’ do elevador, na mão do biscate.
No gesto do plebeu ou da majestade
Em quem chega cedo ou em quem já vai tarde 
A libido está em toda
A libido está em tudo
A libido está em toda parte
A libido está em toda parte.

     Na música pode-se ver a presença desta energia tão forte como ingredientes de ruptura entre os mestres Freud e Jung. Ao escolher este tema a cantora e compositora não tinha percebido que se tratava de uma das fontes impulsionadora da vida, e apenas  tenha buscado sua inspiração na parte popularmente conhecida como apimentada da libido.
  Na visão Freudiana a libido é a fonte de energia propulsora voltada para a sexualidade. Enquanto Jung acreditava que a libido como geradora de energia vital, um conceito abstrato de relações de movimentos.
       O que nos move e nos faz seguir todos os dias de cabeça erguida, com energia, não são nossos cafés da manhã posteriores a boas noites de sono, e sim uma força que nos faz levantar e ter o desejo de realizar estas simples tarefas, como passar um café, aquecer um leite, provar uma fruta fresca e sentir prazer em cada repetição do cotidiano. Desta forma, estamos emanados pela pulsão de vida, onde nossas cores são mais vibrantes, nossas emoções nos parecem bem mais claras e onde a libido está diretamente relacionada a este verdadeiro descarrego energético, e sem ter o desejo sexual em primeiro plano.
    Quantas pessoas entram em pulsão de morte por questões sexuais que não são físicas e sim psíquicas, e passam anos tratando o corpo enquanto o que precisam é da cura pela palavra? E outras tantas que se consideram plenas de vida, ativas sexualmente, e não sabem o quanto estão em pulsão de morte com uma “libido” extrema também por questões de sua sexualidade não resolvida?
     Enquanto o nosso desejo de viver for à energia que nos impulsionar a buscar uma vida completa e equilibrada, que nossas mentes ouçam e nossas bocas falem o que seja necessário para mantermos o fluxo perfeito de nosso corpo/psique em movimento.


Postagem pela aluna: Fátima Passos
Fontes: 
 FREUD, S. (1990) Edição standard das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Rio de janeiro: Imago.      Bock, Ana Mercês Bahia. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia/Ana Mercês Bahia Bock, Odair Furtado, Maria de Lourdes Trassi Teixeira. _ 14ª edição – São Paulo: Saraiva, 2008. Música: Libido. Cantora Ana Carolina. Google
Publicado: 1990. 2008. 28.01.2014
Edição: Ariane Menezes