sexta-feira, 23 de maio de 2014

Documentário da Criança Selvagem -Parte I

 

     Tudo começou em Los Angeles em 4 de novembro de 1970, quando oficiais encontraram uma criança de 13 anos que foi mantida isolada pelos pais por mais de 10 anos. Genie foi levada para um hospital infantil onde passou a ser estudada e estimulada por médicos, psicólogos, psiquiatras e cientistas. Ainda não falava e apenas balbuciava sons de bebê. Genie passara a vida toda amarrada a uma cadeira em seu quarto com pouca mobília e sem contato com outras pessoas. Quando encontrada, seu pai cometeu suicídio e sua mãe fraca e quase cega, afirmou também ser uma vitima do marido dominador.
    Susan Curtis era recém-formada  e interessada em aprendizagem da linguagem, quando  Curtis foi convidada a fazer parte da equipe incumbida da reabilitação de Genie. O documentário acompanha a trajetória de Genie (nome fictício), ao longo dos anos.


     Embasando-se no documentário, a identificação da subjetividade com a consciência parece ser um ponto inabalável, o “ Penso logo Sou”, de Descartes assina a emergência da subjetividade, mas não da individualidade, pois o homem enquanto gênero ou espécie é que está presente, mas não é do homem concreto que Descartes fala, e sim da natureza humana de uma essência universal.
     O próprio adolescente construirá um novo aspecto entre adolescentes com regras às vezes claras de reconhecimento mútuo. Muitas vezes estas regras estão em ruptura com o aspecto social. O grupo que venha a criar, terá modelos próprios de ação e que deverá transgredir o aspecto social. Bem como representado por Genie no documentário, o mar de sombras ao qual esteve aprisionada por longos anos, demonstra o esboço de uma mente maltratada. 
     O sofrimento ao qual ela (Genie) foi submetida, pode revelar mais tarde uma longa batalha no decorrer do seu desenvolvimento. Este é um estado desafiador onde, crianças e adolescentes, que passaram por situações semelhantes agora devem encontrar compreensão e acolhimento. Há muito que ser feito para amenizar, tamanho transtorno, derivado de uma sequência de terríveis atos acometidos por pessoas tão próximas. Tirando assim o direito de crescer em sociedade. O isolamento social pode ocorrer individualmente ou a nível de grupo, a pessoa ou grupo que se enquadrem nos processos de isolamento, não progridem porque a condição de evolução cultural é sinergia entre as diferentes culturas. O isolamento psíquico produz no individuo isolado uma mentalidade retardada ou uma diminuição das funções mentais podendo desencadear até mesmo a loucura (isso não se aplica a todos os casos).
      

                               




Postagem pela aluna: Silvana Rodrigues
Fontes: Documentário-Youtube
Publicado: 17.08.2010
Edição: Ariane Menezes



Um comentário: